A Música na Casa Espírita

Já ouvi quem dissesse que no trabalho espírita se pode ter apenas duas músicas e também já ouvi quem dissesse que na casa espírita não se pode cantar música evangélica ou católica, apenas espírita. 

Desde os meus 18 anos, quando iniciei os trabalhos no meio espírita, ouço quem diz: o espírita não faz isso, o espírita não faz aquilo... e me faz sentir como se estivesse em uma religião cercada de dogmas e velhos paradigmas. 

O espiritismo não é isso. É uma filosofia para o evolucionismo. Ele veio para romper os conceitos tradicionalistas dos que insistem nos fazer acreditar que a verdade absoluta está em seu poder, e não aceitam outras idéias e argumentos. 

Irmãos que ainda se apegam ao homem velho, do passado, coberto pelo véu da falsa realidade. Não aceitam a opinião alheia, onde a idéia do novo lhe exprime a sensação de segurança e o faz sair da estacionária zona de conforto. 

Quando iremos aprender a conhecer o diferente sem antes qualificar, julgar ou criticar? Como podemos dizer que não gostamos de uva, sem antes sentir sua textura, seu sabor? 

A arte não tem fronteiras, ela precisa ser livre para coexistir. Não podemos delimitar o intangível, o imaterial. Alguém já conseguiu dizer às energias que pairam no universo que não ultrapassem as linhas divisórias de uma cidade, país ou continente? 

A música é vibração e por traz de cada instrumento que a emite com  amor, está a emoção, o sentimento e o coração, que unidos levam aos ouvidos que a acolhem, a sensação de paz, alegria e felicidade.

Por isso a música cristã é verdadeira terapia para os que buscam a cura dos males que os acompanha, e portanto, precisa chegar a todos os corações sem distinção.

"O objetivo do Espiritismo é o melhoramento moral da humanidade."

Allan kardec - Livro dos Médiuns - Questão 303, ítem 1, FEB. 

Blog: grupovocalvinhadeluz.blogspot.com

por: Eduardo Alves de Oliveira